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Uma resposta »

  1. Irei comentar sobre o texto: Texto literário e texto não literário.

    IN: FIORIN, José Luís; SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto: leitura e redação. 2 Ed. São Paulo: Ática, 1991.

    O texto nos leva a perceber as diferenças existentes entre um texto literário e não literário, deixando bem claro a dificuldade de se estabelecer conceitos sobre o assunto. Isso é bem evidenciado através de dois pontos de vista. O primeiro é através do caráter ficcional e não ficcional do texto e o segundo é através da função estética e utilitária.
    1- Caráter ficcional e não ficcional : O texto só será literário se ele possuir caráter fictício, ou seja, uma recriação do mundo real num plano imaginário, já o não ficcional, nos diz uma realidade e não criação do mundo imaginário.
    2- Função estética e função utilitária: O texto é considerado literário quando possui a função estética, o próprio nome ja diz, existe todo um embelezamento, características marcantes, evidenciados nos recursos literários, como as rimas, rítimos, sonoridade, repetições, etc. Em contraposição, a função utilitária, ou seja, caracterizado por não ser literário, possui a função de informar, convencer numa linguagem mais direta, sendo então um texto denotativo.
    O texto nos dá uma visão importante de texto literário e não literário, deixando claro a importância da musicalidade, o rítimo, a forma de contar, que nos levará a viagem belíssima a imaginação.

  2. AMARILHA, Marly. História em quadrinhos e literatura infantil: a paródia na formação do leitor. Revista Educação em Questão, v. 36, p.56 – 73, 2009. Disponível em: http://WWW.revista eduquestão.edu.ufrn.br/pdfs/v36n22.pdf

    A partir de uma pesquisa desenvolvida e do projeto “O ensino de leitura: a contribuição das histórias em quadrinhos e da literatura infantil na formação do leitor” a autora apresenta durante a sua obra, a história da revista Parque da Mônica, onde existe uma intertextualidade entre os quadrinhos e os contos de fadas, seu enredo produz um encontro entre o passado e presente, onde a tradição literária se rende aos apelos da leitura em favor da atração da nova diversão, o parque. Tratar-se de um texto do gênero publicidade, onde a narrativa busca convencer os potenciais consumidores dessas novas necessidades. A idéia apresentada não é eliminar os quadrinhos, nem tampouco julgar os contos de fadas como intocáveis, mas é promover o raciocínio critico, onde não percam a natureza de contar histórias mais do que nos vender produtos, pois os quadrinhos são estratégias onde a inteligência, os valores e a sensibilidade de nossas crianças são moldados. O texto propiciou novos conhecimentos sobre o gênero que tanto esteve presente em nossa infância, nos chamou a atenção para aspectos que até então nos era desconhecidos sobre os quadrinhos, e ofereceu um estudo agradável pelo fato de ser um tema de interesse para quase todos.

  3. No texto a biblioteca escolar como eixo estruturador do currículo escola salienta que o processo de ensino-aprendizagem favorece não só um amplo leque de conhecimentos como também conduz a um caminho de reflexão acerca da importância da prática de leitura.
    As atitudes, os métodos, as estratégias, e as atividades concretas de motivação e incentivo podem encaminhar os alunos a alcançar uma relação com o conhecimento a partir de um eixo principal que conduz toda a relação humana: a literatura.
    É dentro desta perspectiva de encontro entre aluno-literatura que novas experiências e novas descobertas encontrará espaço real para o genuíno desenvolvimento do saber. E sobre esse ponto o texto biblioteca escolar como eixo estruturador do currículo escolar demonstra que à medida que os alunos interagem com os outros, os sujeitos se constituem.
    A partir do reconhecimento de que o espaço da biblioteca promove o desenvolvimento de competências, de valores e de atitudes podemos também compreender que a biblioteca é o lugar de trocas de experiências entre sujeitos humanos , além de diversos aspectos de aprendizado que favorece, de fato, o reconhecimento de que somos indivíduos que se transforma por meio das interações.
    O texto em questão também revela que o acesso ao espaço da biblioteca leva o aluno a um vasto campo minado de literaturas diversificadas onde se encontram a memória e a experiência dos que antecedem na história ou no espaço.

    ROSING, Tânia Marize Kuchenbecker; BECKER, Paulo Ricardo (org.). Leitura e Animação Cultural: Repensando a escola e a biblioteca. Tradução Dora A.S. Rodrigues, Rosane Innig, Zimmemann, Rosa Grandes Gajate, Tania Keller. Passo Fundo: UFR, 2002.

  4. A poesia que mais me chamou a atenção foi é da autoria de Marcial Salaverry, e tal poesia fala a respeito da felicidade, e do quanto nós seres humanos a buscamos, seja por meio de um amor, que seja recíproco, que seja verdadeiro, como também por meio da realização de um antigo sonho que poderia inclusive ser quase impossível de se realizar, de alcançar os objetivos.
    É possível perceber com esta poesia, o quanto nós procuramos alcançar a felicidade, e o quanto a mesma é importante para nós, como também, destaco da importância que autora deu ao amor em sua poesia, onde, percebemos a relevância que é dada a este sentimento. Se pararmos para pensar, tudo gira em torno do amor, dos sentimentos, é possível vê-lo tanto em prosas quanto em poesias, tanto em músicas, quanto em novelas, e assim o amor ganha um papel de destaque, onde como a própria autora coloca que para termos a necessidade de obtermos a felicidade é necessário que vivamos um amor de verdade, e é isso que todo o ser humano busca, um amor que nos faça ultrapassar limites, correr riscos, um amor de verdade.
    Além disso, destaco a necessidade do “fazer o bem”, como por exemplo, ajudar os outros sem esperar receber nada em troca, é amar ao próximo, é fazer com que no que ajudamos os outros, seja em quaisquer aspecto, também atingimos a felicidade, onde nós devemos viver a vida de forma que possamos utilizar as nossas vidas, as nossas energias para fazer o bem.
    E, é desta forma que alcançaremos os nossos sonhos, onde o ator principal, é a busca pela felicidade de forma incessante, que mesmo com os percalços da vida, continuamos a seguir em frente, a procura da felicidade.

    Referência: Marcial Salaverry, Felicidade é o sonho da vida.
    (disponível em: http://www.prosaepoesia.com.br/mostra.asp?cod=5630)

  5. O poema que mais me chamou atenção foi: Para Sempre, do autor Carlos Drummond de Andrade, nesta poesia o autor fala sobre a perda e do amor que tinha pela sua mãe. O poema também nos leva a refletir a grande importância que uma mãe tem em nossas vidas, e nos mostra que apesar dela nunca nos abandonar e seu amor ser para sempre, infelizmente um dia, ela terá que ir-se embora. No poema o autor questiona sobre a perda da sua mãe, perguntando o porquê que Deus permite que as mães vão-se embora?

    Sabemos que a perda de uma pessoa querida é sempre muito dolorosa, sentimos um vazio enorme, ficamos com um buraco que se instala no nosso peito, porém Drummond fala que morrer acontece, mas nossa mãe em sua graça, é eterna, jamais será esquecida como algo breve que vai embora sem deixar vestígio, pois mãe é para sempre, é a luz que não apaga e não tem limite. Mãe, é aquela que nos deu a vida, é quem nos ama incondicionalmente, onde com seu amor nos leva a andar por caminho mais floridos, tornando nossa vida mais valiosa, nos leva a ser feliz, e sem pedir nada em troca se esforça para nos dar tudo que for preciso. É ela que nos faz entender toda a poesia, nos prova que o amor existe, e nos mostra que ele é o sentimento mais sublime, ao nos dar seu amor mais sincero e singelo, nos amando mesmo antes de nós chegamos ao mundo. É ela quem acompanha nosso crescimento, nos ensinando e ajudando a ser quem somos hoje. Temos dentro de nos, cada detalhe dela, jamais será esquecida amanhã, mãe é para sempre.

    O autor conclui seu poema falando que se fosse o rei do mundo, aplicaria uma lei, onde as mães não morriam nunca, ficariam sempre junto de seus filhos, que eles mesmos grandes e crescidos, seriam pequeninos, feito grão de milho. O quão bom seria se essa lei fosse cumprida, Pois é você mãe, a mais bela literatura de amor.

    Mas talvez seja preciso ser assim, da forma que é, para que possamos aprender a valoriza-la mais em vida e aproveitar todo tempo que há para ficarmos ao seu lado, e agradecer todos os dias por todo bem que ela nos proporciona, pelo seu carinho, por toda sua dedicação, seu amor.

    Referencia: Carlos Drummond de Andrade, in Lição de Coisas (1962)
    ( também disponível em: http://pensador.uol.com.br/frase/MjIzNzAz/ Acessado em 23/11/11)

  6. Lendo o poema “Ou isto ou aquilo” da autora Cecília Meireles, que diz “Ou se tem chuva e não se tem sol, ou se tem sol e não se tem chuva! Ou se calça a luva e não se põe o anel, ou se põe o anel e não se calça a luva! Quem sobe nos ares não fica no chão, quem fica no chão não sobe nos ares. É uma grande pena que não se possa estar ao mesmo tempo nos dois lugares! Ou guardo o dinheiro e não compro o doce, ou compro o doce e gasto o dinheiro. Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo…e vivo escolhendo o dia inteiro! Não sei se brinco, não sei se estudo, se saio correndo ou fico tranqüilo. Mas não consegui entender ainda qual é melhor: se é isto ou aquilo”. Pude me deliciar com essa maravilhosa leitura, que oferece ao leitor um momento reflexivo. Reflexão esta que me proporcionou pensar sobre as particularidades do ato de escolher, a leitura se torna agradável pelo fato de ser uma linguagem de fácil compreensão e com características semelhantes ao nosso dia-a-dia, estamos em todos os momentos fazendo escolhas, as decisões nem sempre são as melhores, mas temos que abrir mão de algumas coisas para ficar com as nossas decisões, o título já começa a trazendo a idéia de escolha, ou isso ou aquilo, ou seja, tudo depende do que escolhemos, não dar para fazermos e termos duas coisas ao mesmo tempo. Então temos que escolher o que achamos que seja o melhor no momento, abrindo mão de outras coisas que aparentemente no momento não tenha tanta importância quanto as nossas ações.

  7. A poesia que mais me chamou atenção foi A Biblioteca Verde de Carlos Drummond de Andrade. A Biblioteca Verde é uma coleção antiga de produções literárias, composta por 24 obras dos autores mais famosos dos tempos antigo, medieval e moderno. Não se sabe exatamente quem organizou, nem quando e onde foi impressa e distribuída essas coleções.
    O poema de Drummond é uma homenagem a esta coleção, ele fala do desejo de Drummond em possui a Biblioteca verde, como pode ser visto neste trecho: “Papai, me compra a Biblioteca Internacional de Obras Célebres. São só 24 volumes encadernados em percalina verde. Meu filho, é livro demais para uma criança. Compra assim mesmo, pai, eu cresço logo. Quando crescer eu compro. Agora não. Papai, me compra agora. É em percalina verde, só 24 volumes. Compra, compra, compra.”
    É interessante pensar na questão, por que Carlos se interessaria por uma coleção de 24 livros? Mas o que é bem perceptível é sua vontade de ler, sua cede por conhecimento, como pode ser visto neste trecho: “Amanhã começo a ler. Agora não. Agora quero ver figuras. Todas. Templo de Tebas. Osíris, Medusa, Apolo nu, Vênus nua… Nossa Senhora, tem disso nos livros? Depressa, as letras. Careço ler tudo.”
    A partir disso nota-se que tanto na leitura do texto escrito quanto das imagens, Drummond ficou curioso, mas ao mesmo tempo espantado com tudo que estava vendo e lendo. Ele estava muito envolvido na leitura e a adorando também, A sua grande vontade de adquirir conhecimento através da biblioteca é observada no ponto onde ele diz: “Tudo que sei é ela que me ensina. O que saberei, o que não saberei nunca, está na Biblioteca…”.
    Eu adorei o poema, ele mostra que algumas crianças têm vontade de fazer coisas que não imaginamos que elas sejam capazes, mas que não é pelo fato de nunca ter passado pela nossa mente que tal fato poderia acontecer que não iremos estimular o desejo de conhecimento que essas crianças têm. Pelo contrário, é a partir dessa vontade que temos que incentivá-las para que se tornem leitoras, críticas, capazes de explicar o que estão lendo.

  8. A menina dos fósforos

    Essa história escrita por Hans C. Andersen, conta a realidade de algumas crianças de famílias pobres, na qual as mesmas ajudam no sustento da família. O conto enfatiza o trabalho infantil e a falta de insentivo dos pais na educação de seus filhos, acomodados pela situação financeira. A história se passa no período de fim de ano, mais precisamente na véspera de Ano Novo, onde uma pequenina menina sai de casa para vender fósforos nas ruas frias do inverno rigoroso de fim de ano, para ajudar no sustento da família, só podendo voltar para casa após ter conseguido algum trocado.
    A menina dos fósforos transmite ao leitor um sentimento de compaixão pelas crianças que iguais a ela passam esse período natalino pelas ruas e sentimos isso também ao longo dos detalhes enfatizados no texto. Todo o frio e fome sofridos pela criança na rua, na qual descalça muito andou na tentativa de vender os fósforos e levar algum dinheiro pra casa, em tudo o que pensou sofrendo sozinha naquele momento e o quanto temia em voltar sem ter conseguido vender nada, pois sabia que seu pai lhe bateria.
    Na tentativa de conter o enorme frio que sentira, a menina começa a usar os fósforos que não conseguira vender e esse é um momento da história em que ela encontra felicidade, onde próximo da morte pelo frio que já não conseguira mais aguentar, ela sonha com aquilo que siginificava felicidade para ela, sonha com um enorme forno onde poderiam ser preparadas deliciosas comidas e ela estaria aquecida, sonha com uma linda árvore de natal que ela jamais teria presenciado, enorme e cercada por velas numa casa de um rico comerciante e seu último sonho trás a sua vovozinha, já falecida, porém a única pessoa que a tratava vem, que se importava com ela.
    Sua vó teria vindo buscá-la e a levaria para um lindo lugar onde não existira mais fome nem frio, nem dores, nem sofrimento, ela estaria agora no céu. A menina morreu ali mesmo, na véspera de ano novo, sem árvore de natal, sem ser aquecida pelo enorme fogão e sem o calor e preocupação de sua família, mas foi encontrada com um sorriso no rosto por estar agora eternamente ao lado da pessoa que mais amava, sua avó.
    Esse conto me faz voltar à infância, lembro-me quando minha mãe me contava várias e várias vezes essa mesma história e todas as vezes ela se emocionava por também ter perdido a sua avó que tanto amava. Com essa história, aprendi mesmo ainda criança que até as pessoas mais queridas se vão, mas estarão sempre em nossos corações.
    Contando essa história para algumas crianças, as mesmas contaram relatos de terem perdido algum familiar e ficaram felizes em saber que assim como a menina dos fósforos um dia poderão revê-los nos céus. Esse objetivo da literatura de fazer a criança que ouve ou que lê a história se envolver a ponto de acreditar e encontrar ‘a moral da história’, foi atingido com esse conto, não tem como não se sensibilizar e não se envolver. Merece ser contada em sala de aula e deixar que os alunos sejam ouvidos ao final da história.

    ANDERSEN, Hans C. Os Melhores Contos de Andersen. Editora Everest, 2007.

  9. O poema que mais me chamou atenção foi o poema trindade o qual retrata a característica marcante do poeta Álvares de Azevedo, pertencente à segunda geração romântica, cujas produções datam do período de 1840 e 1850, egocêntrica e individualista. Trindade expressa à interpretação que faz da existência, da morte, da angústia, da solidão, da melancolia da vida, dos desenganos amorosos.
    Nesta obra fica evidente que valoriza a poesia e o amor. A poesia é considerada como refúgio para seus conflitos, já o amor constitui-se como sendo a própria poesia.
    A poesia, o amor e a mulher são, pois aspectos semelhantes que despertam sentimentos similares. Todos estão estritamente ligados.
    Anseia pelo amor, por algo perdido, quando diz na última estrofe “voltai, sonhos de amor e de saudade!”. Percebe-se seu sofrimento, que almeja vivenciar o amor.
    No decorrer do poema apresenta o pessimismo como sentimento marcante, entretanto percebe-se que, nessa obra, a mulher aparece como musa inspiradora. Essa constatação, portanto, só é possível porque em seus versos, a mulher ora aparece como anjo, pura e virginal, ora como uma figura, sensual e sedutora.
    Compreendo que as obras de Álvares de Azevedo retratam um momento marcante na literatura brasileira que foi o surgimento de uma tendência chamada de Ultrarromantismo, sendo denominada também de mal-do-século. Assim essa obra de Álvares de Azevedo retrata a importância do Ultrarromantismo brasileiro que contribuiu para que o leitor possa se apropriar de uma literatura genuinamente autêntica e completa.

  10. O Esplendor

    E o esplendor dos mapas, caminho abstracto para a imaginação concreta,
    Letras e riscos irregulares abrindo para a maravilha.

    O que de sonho jaz nas encadernações vetustas,
    Nas assinaturas complicadas (ou tão simples e esguias) dos velhos livros.

    (Tinta remota e desbotada aqui presente para além da morte,
    O que de negado à nossa vida quotidiana vem nas ilustrações,
    O que certas gravuras de anúncios sem querer anunciam.

    Tudo quanto sugere, ou exprime o que não exprime,
    Tudo o que diz o que não diz,
    E a alma sonha, diferente e distraída.

    Ó enigma visível do tempo, o nada vivo em que estamos!

    Álvaro de Campos, in “Poemas” Heterónimo de Fernando Pessoa. http://www.citador.pt/poemas/o-esplendor-alvaro-de-camposbrbheteronimo-de-fernando-pessoa.

    A poesia apresentada trás uma reflexão sobre o que podemos encontrar nos livros, que é esse mundo de imaginação, perpetuação dos sonhos, que pode ser também uma transmição de informações ou algo relacionado a sensibilizar as pessoas, entre outros. Mas o que seria esse Esplendor? Seriam as maneiras como os textos, poesias, estórias, nos são apresentadas, com mágicas, surpresas, emoção? Ou apenas como esses enunciados tendem a modificar e a instruir-nos a acreditar e puxar para nós tudo o que é exposto?. Enfim é nesse estado de descobertas que se passa toda e qualquer poesia, cabendo a cada indivíduo quando apresentado a ela, viajar e percorrer um universo surreal elaborar suas próprias conclusões.
    Na frase “o que de sonho jas nas encadernações vetustas” entendo que o autor pode estar querendo expressar que o conteúdo, o que está no interior dos livros, deve ser pensado e sentido como algo maravilhoso, possuindo um significado impar em despertar sensações, mesmo estando em encadernações, ou outros tipos de suportes antigos, e velhos. Em que mesmo a tinta remota e desbotada não pode tirar toda a inspiração que um dia foi proposto em cada palavra, em cada verso, em cada pensamento ou sentimento que se quis passar. O que de certa forma foi nos livros, nos textos, nos anúncios como a própria poesia cita, exposto com o sentido de negar a vida cotidiana, o que entendo desse trecho é que muitas vezes nós podemos expressar com as palavras e deixar eternizado nos livros, o que não é bem aceito na sociedade.
    Ao mesmo tempo em que vejo o poema como uma critica a coisas que acontecem em nosso dia-a-dia que vemos e ficamos calados, vejo também como uma forma de valorização do livro, da leitura, da produção textual, pois é em alguns desses momentos em que estamos refletindo e transformando nossos sonhos, desejos, conquistas, ou decepções em palavras, que nos distanciamos das dos problemas que sempre norteiam nossas vidas. O autor conclui “Ó enigma visível do tempo, o nada visível em que estamos!”, é interessante sentir que esse enigma talvez seja a forma com que a poesia é composta, de como pela palavra esse tempo pode parar, e ficar guardado, e que o nada em que vivemos pode ser o modo em que realmente vivemos o concreto em que se passam todos os sonhos.
    Para um leitor em formação, é necessário que o professor no caso na escola, ou pais, responsáveis, etc., atuem de forma a sensibiliza o futuro leitor para as significações que uma poesia deve conter, e não para o modo de sua organização, pois a poesia mais do que estruturada deve ser sentida, e entendida como fonte de sonhos e realizações que podem ser vivenciadas pelo leitor, à medida que ele vai avançando na leitura. A importância de se trabalhar uma poesia em sala de aula e na própria vivência se torna singular pelo fato dela proporcionar a expansão da criatividade e conhecimento do real.

  11. MACHADO, Ana Maria. Bisa Bia, Bisa Bel: novela. 3 ed. São Paulo: Moderna, 2001.

    O livro conta a história de uma menina, chamada Isabel, que encontra a foto da sua bisavó Beatriz em meio a uma das arrumações feita pela sua mãe. A jovem não sabia da existência dessa avó. A sua mãe explica que aquela foto foi tirada quando a sua Bisavó ainda era uma criança e que já faz muito tempo, por isso não a conheceu. Bel considera a foto da sua Bisa Bia muito bonita, a coisa mais fofa do mundo, então decide carregar a foto para cima e para baixo. Ao longo da narrativa nota-se que a menina demonstra muito respeito e carinho pela sua Bisa Bia, sabe que sua bisavó já morreu, mas sente que esta mora dentro dela. Encantada com a situação em que estava vivendo, Isabel não largava mais o retrato. Levou para escola e mostrou para todos, inclusive a professora de história D. Sônia. Em uma das suas brincadeiras com alguns amigos perde o retratado, e fica muito triste. A partir daí a sua imaginação começa a fluir e passa a conversar com a sua Bisavó, começa a interagir com uma voz que sai do seu inconsciente. Em uma dessas conversas, Bel descobre os valores e costumes do passado. A Bisa Bia se tornou uma das suas melhores amigas, como se realmente estivesse convivendo com ela, pedindo ajuda, fazendo confidências e recebendo conselhos. A sua imaginação não para por aí, em alguns momentos a menina entra em conflito com a sua bisavó e acaba ouvindo uma segunda voz misteriosa. Com o tempo descobre que essa segunda voz é da sua bisneta. As três passam a conversar, evidenciando o encontro do passado (Bisa Bia), presente (Isabel) e futuro (Beta). De volta a escola Isabel encontra D. Sônia, sua professora de história que devolve o retrato da sua bisavó, diz que um dos seus amiguinhos o encontrou e pensou que pertencia a sua coleção de retratos antigos. A partir da história do retrato da bisavó de Isabel a professora sugeriu uma pesquisa sobre o tempo em que avós viveram e sobre o futuro dos netos que virão.
    As questões abordadas neste livro nos fazem refletir sobre a nossa vida, pensar sobre os valores evidenciados pelas relações familiares que podem estar presentes na vida de qualquer pessoa, independente da idade. Destaca o respeito e o carinho que muitas vezes demonstramos para algumas pessoas que nem conhecemos, mas que acabam influenciando nas atitudes que tomamos no presente. O diálogo de Isabel, ou melhor, de Bel, com sua avó, Bisa Bia – e, depois, com sua futura bisneta é uma mistura encantadora do real e do imaginário, nos fazendo perceber as mudanças no papel da mulher na sociedade. O desfecho da história nos estimula a pensar sobre o que cada um pode fazer para melhorar o mundo, e como pode aproveitar o que cada um já fez antes, para melhorar um pouco mais. Quando a professora D. Sônia sugere para os alunos uma pesquisa, possibilita que estes conversem com a família, com os amigos, imaginem e sonhem com as bisavós e bisnetos. Acredito que a história relatada no livro é muito boa e pode ser trabalhada nas séries dos anos iniciais do ensino Fundamental. A leitura desta obra despertou em mim um sentimento de alegria. Diverti-me muito ao ler algumas situações cômicas vivida pela protagonista. Percebi que a leitura desse livro não é cansativa, pois a autora utiliza uma linguagem que chama atenção dos leitores. A obra não apresenta termos técnicos, palavras com significados complexos, tornando o texto menos denso. As ilustrações presentes no livro têm uma função de complementaridade do texto, permitindo ao leitor fazer interferência.

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